Atos II



Dentro do meu quarto,
Sinto-me preso dentro de um cubo,
E com o passar do tempo,
A frieza se apodera de mim;
Exprime-me sem medidas;
Dentro de meu coração; as feridas latejam;
E os ácidos dentro de minha alma,
Borbulham como o magma do vulcão.
O medo de ir além;
Sufoca-me intensamente;
A saudade bate singelamente 
A minha porta outra vez;
Como o vento sopra as folhas das árvores;
As lagrimas escorrem sobre minha face; e
Como o deslizar das pedras das montanhas
Assim tem sido os meus dias;
Correm com tamanha proporção, porém
Tão pouco dóceis tão pouco maleáveis.
Árvores de abrolhos se enraizaram,
No lugar de plantas frutíferas;
E como raízes amargas,
Descem ao meu paladar.
Maldito és tu, e maldita sejam,
As raízes podres que regem suas terras.
Malditos são os dias de tua 
Precoce mocidade; e amargos
São os teus desejos.
Com o tudo te preocupaste,
Mas com o tão pouco se esqueceste.
Tens o melado em tua boca, mas
Como acido corrói ao teu paladar;
Tens tudo e não tens nada.
Estampas um sorriso lindo em tua face;
Mas dentro de ti;
Há pranto e ranger de dentes;
É o caminho largo que escolheste.
Prepara-te para a ceia;
E o banquete de sofrimento;
É o maná de teus dias.




Autor: Marcos Namikaze

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