Em toda parte de sua vida, você já deve ter ouvido aquela famosa frase:” Que plantação linda” ou até mesmo aquela frase ainda mais regozijante:” A colheita deu boa, rendeu demais”. Que fez você ficar tão maravilhado e até pensou em plantar, cultivar, ali mesmo no seu quintal. Porém, você já se perguntou como funciona uma plantação e como se prepara as sementes e a terra?
Da gosto de ver um agricultor ou aquele senhor de idade, já aposentado, gozando de sua própria colheita , por mais simples que seja aquela horta no fundo do quintal.  Ali se encontram plantados, cebolinha verde, salsão, beterraba, gengibre, pimentão, couve, cenoura, morango, milho e banana. Tudo fresquinho e sem nenhum tipo de agrotóxico. E como em toda terra, quase tudo que se planta vinga. E toda semente até chegar à fase de planta, gerar flores e frutos, tem de morrer primeiro.
Outrora, todos ouviram sobre a tão famosa parábola do semeador.  “Marcos, mas a palavra do semeador é antiga, é lá do tempo da bíblia a dois mil anos AC.” Verdade! Foi, é e sempre será assim. Na vida, todos os nossos atos são sementes. Quer boa querem ruins, algumas delas são tão belas; outras nem tanto. Contudo, toda semente cai por terra, e você é responsável por esta pequena ou por toda a sua plantação. A diferença é que sempre reclamamos da nossa plantação, da nossa colheita. E nem nos tocamos que somos totalmente e completamente responsáveis por cada semente germinada ou não vingada.
Neste instante você deve estar se perguntando:” espera ai Marcos, você está me deixando confuso. Estas falando de sementes, plantações ou ações?” Eis que te respondo: AS TRÊS!
Hoje, estava em meu quintal, cuidando das plantas e de alguns temperos que minha mãe planta desde então. Em meio à pega terra, tira mato e limpa vaso, percebi que um de muitos vasos, estava com terra seca, mas seca mesmo.
O segundo vaso já continha algumas cebolinhas verdes, que há poucos meses já haviam sido plantadas e até então havia germinado. Por fim germinadas, mas não vingaram, pois o mato era tanto, que as mesmas estavam secas e feias, pois todo o nutriente da terra, estara sendo absorvido pelo mato em seu vaso.
O terceiro vaso estava com cebolinhas lindas, grandes e com a terra boa, mas; precisava de melhorias e claramente ser podadas.
Partindo do pré suposto, é nítida a explicação da vida em nossas vidas. Porém, em meio ao nosso escasso tempo; na maioria das vezes preferimos vislumbrar a plantação, a colheita, o regozijo, o êxito do vizinho, do que arregaçar as mangas e meter a mão na terra. Preparar a terra. Semear a semente. Tratar. Regar. Vê-la crescer e dar fruto. Podar para que dê mais fruto. Parece mais fácil contornar o caminho e pegar os frutos da colheita do vizinho. Quem nunca pensou consigo mesmo sobre aquela tão sonhada faculdade, aquele carro, a casa própria, o sonho tão estimado?! A diferença não está na dificuldade em conseguir estes e entre tantos outros sonhos. O ápice aqui é o quanto vocês está disposto a trabalhar, a renunciar, a suportar os ventos em meio ao arado. Bem aventurada à semente sã que cai em boa terra, morre e germina. Com toda certeza dará um a dez, dez a cem e cem a mil.
Hoje mexendo nos três vasos que falara a cima, me peguei coberto por uma pequena reflexão, que gerou a seguinte pergunta: “Qual destes vasos sou eu atualmente?”
 Será que sou aquele que tinha apenas terra seca dentro de um vaso bonito ou pudera ser o segundo, que tinha cebolinhas germinadas, mas com as mesmas secas, feias e mortas pelo mato excessivo no vaso? Por fim, quem sabe eu seja o terceiro vaso. Cebolinhas verdes lindas, grandes, mas que foram podadas, adubadas, e tiveram a terra preparada e regada; para que venham dar ainda mais fruto?
Pare neste instante tudo que você está fazendo. Olhe para dentro de você, esquadrinhe o seu coração. Pare de se enganar, tire o véu, arranque esse orgulho de tudo está perfeito. Pergunte-se: “Qual destes vasos sou eu?” Se sua resposta foi o primeiro vaso, tudo bem. Tome uma decisão, assuma uma postura de renascimento, levante sua cabeça e prepare a terra. Adube-a com todo o amor e toda fé. Plante a semente e trate dela com todo amor.
Por fim, talvez o teu vaso seja o segundo. Está com cebolinhas verdes bonitinhas, mas está custando a crescer, pois o mato tomou conta do vaso. Aconselho você a arrancar cautelosamente o mato que está no vaso, pois há cebolinha a ser salva. Não arranque apenas as folhas, arranque o mau pela raiz; pois não queremos que germine outra vez e nem que acabe sendo arrancado o que não é para arrancar. Depois disso, adube a terra, regue, cuide que logo ira germinar ainda mais incessantemente. 
 Caso você se identificou com terceiro vaso e realmente está neste estágio, parabéns, você está bem à frente, mas não quer dizer que o melhor é aqui. É hora e multiplicar os frutos e para multiplicar, necessita-se podar os ramos e deixar florescer novos ramos, ainda mais robustos. Talvez te encontres em uma fase da sua vida, onde tudo está bom, tudo está como você sonhou e você se acomodou. Cuidado! A ganância é o mal do século, mas a acomodação é a ruína do homem.
Podar os ramos, preparar a terra, adubar, depositar todos os nutrientes que a terra precisa, é um processo mais que natural necessário em qualquer ecossistema, padrão, vida. “Toda árvore que dá bom fruto, corta-se para que dê ainda mais fruto.”
Você acaba de ganhar uma nova semente. Cuide e mantenha sua terra adubada e conservada. Receba com toda alegria e toda dádiva dos céus está singela semente e lembre-se, que nenhuma árvore dá aquilo que não têm. Uma fonte não jorra água doce e salgada. Uma figueira não dá limões e uma parreira não dá mamão. Que a semente dá mudança e as flores do renascimento germinem dentro de ti.
Com toda sorte de bênçãos, deixo está mensagem auto-reflexiva para vós.
Sede sábio (a) e prudente e vivam um dia de cada vez, afinal a seara é grande, mas poucos são os ceifeiros dispostos a colher aquilo que plantaram.




Autor: Marcos Namikaze