A brisa bate em minha face,
E como num vento impetuoso;
Trás sobre mim as lembranças,
Mais obscuras e sombrias de minha alma.
De suas entranhas tenho me alimentado,
E de sua primícia tem sido meu sustento,
Do ferrão do escorpião rei,
Escorre em mim o mais puro veneno;
Que é o castigo de minha perversidade...
Sangue puro e impuro se cobre;
Assim como o sangue da ovelha perdida;
Sobre a pele do lobo feudal.
Grilhões e mais grilhões é o que me resta;
Gavetas imundas, salas escuras;
Leito manchado sobre a lua sangrenta;
A possessão da meia noite chegou;
Choro e ranger de dentes;
Gritos arrepiantes em uma sala fechada;
Lampiões quebrados; tições apagados;
A esperança já não reina neste lugar;
O desespero brotou, a raiva ecoou;
A morte é manifestada;
Seu último respirar é sua despedida;
A ceifa chegou o mundo já acabou.




Autor: Marcos Namikaze